Filme O Diabo Veste Prada
Chegamos agora a nossa segunda parte do tema Chefes Psicopatas, com interface com filmes hollywoodianos que abordam de forma direta ou indireta o tema.
Lembrando como no artigo anterior, uma das definições de Psicopatia:
– Uma Psicopatologia que se refere a um distúrbio mental grave. A pessoa acometida apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência.
Falaremos do filme O Diabo Veste Prada (2006), dirigido por David Frankel, sendo uma adaptação literária de Lauren Weisberger. Narra a história da jovem Andrea Sachs (Anne Hathaway), uma jornalista recém-formada e em busca de colocação profissional.
Não conseguindo entrar na sua área de formação, pela falta de experiência, decide procurar outro serviço para se sustentar por um período, enquanto continua a busca pela tão almejada vaga no jornalismo.
Despretensiosamente, consegue uma vaga de Assistente na principal revista de moda de Nova York. Vaga cogitada por inúmeras outras candidatas, apesar do grande desafio dessa vaga: ser a Assistente de Miranda Priestly (Meryl Streep), principal executiva da revista.
Miranda possui um comportamento destrutivo, perverso e sarcástico. Impõem tarefas exóticas, com exigências fabulosas quase impossível de se cumprir.
Sádica e obsessiva, é temida por todos os funcionários, ao mesmo tempo em que é constantemente bajulada e aclamada.
Conhecida como “a dama de ferro”, possui grande obsessão por sua carreira.
Assim, nesse cenário, percebemos seus traços de psicopatia, com um comportamento sádico, perverso, imprevisível, sistemático, exigente e punitivo.
Casos como esse infelizmente são constantes em grandes corporações e no mercado de trabalho. Por vezes, funcionários se submetem à essa exposição por dependência ou como forma de bajulação, como que se idealizasse talvez um dia estar nessa mesma posição de autoridade e perversidade.
Dessa forma, notamos no filme que outros funcionários acabam incorporando tais comportamento, sempre se sobrepondo aos demais de posições subalternas ou iniciantes.
Assim, a vida corporativa adoece o trabalhador e por vezes o alucina fazendo com que aceite essa forma de comportamento com a intenção de ser o próximo executor de tais perversidades.
Tais comportamentos se configuram como assédio moral, porém inúmeros fatores fazem com que não seja denunciado. Seja por medo, seja por dependência do serviço.